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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Bolsas em maré calma

Na Europa, o Dax30 e o Cac40 recuperam algum terreno perdido à boleia da banca italiana. Também as praças norte-americanas reconquistaram cerca de metade das perdas do início de setembro, a beneficiar dos bons dados relativos ao emprego, que mostram uma economia robusta que continua a criar mensalmente, de acordo com o mês de agosto, mais de 200 mil postos de trabalho. A taxa de desemprego abaixo dos 4% espelha o pleno emprego.

A 1 de outubro, a Navigator vai voltar a aumentar o preço do papel e liderou as subidas, a par da Semapa e da Altri, a respirar das fortes perdas das últimas sessões, depois de fulgurantes subidas desde março. A Haitong subiu a recomendação para a Navigator de manter para comprar, apesar de ter descido o preço alvo de 5.40 para 5.20€. A Mota Engil perdeu 30% em oito sessões consecutivas e recupera, acompanhando o movimento do PSI20 e das principais praças mundiais. Beneficiou de uma compra de 60 mil ações próprias na quarta-feira a 2.155 €. A tem recuperado com a forte subida do preço do petróleo de quase 5%.

Na quinta-feira, o BCE reviu em baixa as suas previsões para o crescimento da Zona Euro baseando essa revisão na diminuição da procura mundial, penalizada pelas tensões comerciais.

Aliás, os problemas das economias emergentes continuam a agudizar-se e são, atualmente, uma das causas da desestabilização dos mercados, a par dos nacionalismos crescentes na Europa, sendo Itália a maior preocupação.

Passados 10 anos sobre a falência da Lehman Brothers, surgem, nalgumas economias, sinais de bolhas especulativas em setores que vão desde o imobiliário às ações e obrigações, passando pelas dívidas públicas.

As bolhas continuam a ser alimentadas pelas baixas taxas de juro e pelos elevados balanços dos bancos centrais, políticas criadas para, precisamente, debelar as consequências da crise financeira de 2008. Mas há uma grande exceção: a descida da dívida pública alemã nos últimos anos, ao contrário do que acontece nas restantes grandes economias. Em 2012 a dívida pública germânica em relação ao PIB nominal era de 80%, e em 2017 foi de 64%. Nos EUA, nas mesmas datas, a dívida pública foi de 100% e 105% do PIB, respetivamente.

No câmbio, a cada semana que passa aparecem novos mínimos históricos de moedas de países emergentes. Depois do peso argentino, da lira turca, do real brasileiro, entre outras, esta semana foram a rupia indiana e a rupia do Sri Lanka que seguem em mínimos contra o dólar nos 72.91 e 163, respetivamente. •

CAMBIAL EFEITO ATINGE A RUPIA INDIANA

Os desequilíbrios externos agudizam-se na economia indiana, nomeadamente a pressão do preço do petróleo. A índia importa quase 80% de suas necessidades de combustível. O conflito comercial entre os EUA e a China, que se agravou em agosto, tem penalizado outros produtos importados, e esse facto verificou-se na forte desvalorização da rupia. Há especulações de que a China possa desvalorizar o yuan para superar os EUA, o que pode ter um efeito cascata nas moedas emergentes, incluindo a rupia.

CAMBIAL RANDE RUBLO SERÃO AS PRÓXIMAS?

A rupia paquistanesa registou mínimos históricos contra o dólar no final de julho nos 129.48. E o rand sul- -africano perdeu, apenas no mês de agosto, cerca de 15% em relação ao dólar e cede 30% desde fevereiro. Cota nos 15, muito perto do mínimo alcançado a 11 de janeiro de 2016 nos 17.995. Também o percurso do rublo russo é quase tirado a papel químico do Rand e vai pelo mesmo caminho de desvalorização em relação ao dólar.

COMMODITIES FURACÃO AMEAÇA PETRÓLEO

O Brent subiu cerca de 3% esta semana e o WTI. "benchmark" para os EUA, apreciou perto de 2%. O crude norte- -americano, após ter encerrado nos 67.75 dólares na sexta-feira anterior, chegou a cotar acima dos 70 dólares esta semana, uma valorização de quase 4%. Com setembro chegou a época dos furacões no Atlântico, junto à costa americana, que ameaça as plataformas petrolíferas norte-americanas no golfo do México. A interrupção na produção está a impulsionar os preços do petróleo nos mercados.





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Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto.