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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Criptografia quântica, ‘blockchain’ e ‘cloud’

A crescente necessidade de armazenamento de dados informáticos requer mais meios de ‘hardware’ para guardarmos aquilo que nos é essencial. A computação em nuvem ou ‘cloud’ possibilita armazenar dados informáticos remotamente, em vez de os mantermos no disco rígido do nosso computador ou dispositivo de armazenamento local, permitindo o seu acesso em qualquer parte do mundo desde que haja eletricidade e internet. Os serviços de computação em nuvem fornecem uma série de funções, tais como o acesso ao ‘e-mail’, armazenamento, ‘backup’ e recuperação de dados, aplicações, jogos, músicas e vídeos. Graças aos serviços de computação em nuvem, podemos ter acesso ao nosso ‘e-mail’ em qualquer computador a nível global. Podemos armazenar arquivos no Google Drive, por exemplo, garantindo que esses dados estão sempre disponíveis em caso de falha do disco rígido do nosso computador. Ajuda a economizar custos de capital substanciais, pois não é preciso nenhum investimento físico em ‘hardware’, nem de técnicos de tecnologias de informação (TI) habilitados na manutenção do ‘hardware’, porque a compra e gestão de equipamentos é feita pelo fornecedor de serviços em nuvem.

O 5G possibilitará o acesso a uma maior quantidade de dados, com uma latência quase impercetível, que permitirá um rápido acesso aos dados armazenados em nuvem. A conexão de vários objetos físicos, ou seja, a Internet das coisas (IoT) e a inteligência artificial (AI) serão exponenciadas pelo 5G e pela ‘cloud’, e o mundo estará cada vez mais nas nossas mãos, ou seja, no nosso telemóvel.
 

O armazenamento de dados é um mercado em franca expansão e as nossas crescentes necessidades terão um custo num futuro próximo. Muitas empresas há muito que pagam pela utilização dos serviço em nuvem. Os maiores fornecedores são nomes conhecidos como Azure e AWS, da Microsoft e da Amazon, respetivamente. Por exemplo, a maior parte dos portugueses têm uma conta gratuita na Google, que lhes permite o acesso ao seu correio eletrónico Gmail, ao armazenamento no Google Drive e utilização do Google Fotos, e no total estão disponíveis até 15 Gigabites gratuitamente. Mais armazenamento terá que ser pago.

Muito provavelmente, a nuvem terá um custo num futuro próximo para a população em geral por uma necessidade que gradualmente se torna básica, como a conta mensal da eletricidade, da água e das telecomunicações.

Ora, uma necessidade básica que contém dados muitas vezes confidenciais requer que a computação em nuvem tenha uma excelente e segura conexão à internet. Governos centrais e setor bancário procuram as melhores soluções em nuvem e as principais empresas de ‘cloud’ tentam oferecer gradualmente melhores respostas a empresas, setor financeiro e administrações públicas em que a confidencialidade é fundamental.

Os serviços em nuvem baseados em ‘blockchain’ podem ser a solução para muitos problemas associados à nossa privacidade e à segurança dos nossos arquivos? Os vários recursos da ‘blockchain’ como descentralização, transparência e segurança tornam esta tecnologia importante. Os entusiastas da ‘blockchain’ afirmam que esta tecnologia pode assegurar maior privacidade e segurança à ‘Cloud of Things’ (interligação entre a IoT e a computação em nuvem, a ‘nuvem das coisas’) e afastar, em parte, aqueles terceiros que fornecem os serviços de nuvem e centralizam os dados. A ‘blockchain’ procura a descentralização do armazenamento dos dados em ‘nuvem’. A integração da ‘blockchain’ e das ‘Cloud of Things’, a denominada BCoT, poderá estar menos vulnerável aos ataques cibernéticos.

A criptografia quântica ganha também preponderância como resposta à segurança do armazenamento de dados em nuvem, perante as crescentes ameaças e riscos de segurança cibernética, como violação de dados, devido à proliferação da Internet, dispositivos conectados e serviços online. A criptografia quântica é uma tecnologia que usa a física quântica para proteger a distribuição de chaves de criptografia simétricas e funciona através do envio de fotões, que são “partículas quânticas” de luz, através de um ‘link’ ótico. 

PMR 4 fevereiro 2022 In VE


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Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto.