Em
junho, a probabilidade de se verificar uma recessão da economia dos EUA nos
próximos doze meses, prevista com base no diferencial das taxas de juro de curto e
longo prazo nos EUA, as rentabilidades dos bilhetes do tesouro e obrigações soberanas,
fixou-se nos 33%. Em maio a probabilidade era de 27%, e tem vindo a agudizar-se
há mais de um ano.
Modelos matemáticos da Reserva Federal de Nova Iorque, baseados nas diferenças entres as “yields” das várias maturidades das “Treasurys”, estimam o fim do clico expansionista mais longo de sempre da economia norte-americana. Quando os ciclos económicos se estendem por longos períodos, por exemplo de 1991 a 2001, e de acordo com a premissa “da memória curta”, existe uma maior propensão para se referir que os ciclos já não existem e agora só existe expansão. Em 1999, antes da bolha das “dotcoms” rebentar, o fim da existência de ciclos era quase uma certeza.
No gráfico, podemos verificar que o modelo é bastante assertivo na previsão. Já em 2006 a probabilidade de recessão foi aumentando e viria a acontecer dois anos mais tarde. Também em 1999 o modelo previa recessão que tornar-se-ia realidade em 2001.
Segundo a FED de Nova Iorque, a Curva de Rendimentos mostra 33% de hipótese de recessão no próximo ano. As taxas de juro de longo “grosso modo” espelham as taxas de juro de curto prazo acrescidas das expetativas para a inflação. De acordo com a teoria económica, uma Curva horizontal ou com declive negativo é sinónimo de recessão económica, porque indica expetativas de baixa inflação no futuro. A inflação, em economias desenvolvidas, é resultado do crescimento económico, é uma consequência e não uma causa. Por isso, taxas de juro de longo prazo mais elevadas nos prazos mais longos, mais altas ao longo da curva e, nomeadamente, no final da curva, indiciam taxas de inflação crescentes à medida que as maturidades são maiores. Uma Curva de Rendimentos (Yield Curve) positiva é pronúncio de expansão económica. Atualmente, a Curva de Rendimentos nos EUA é negativa até aos 3 anos e positiva a partir deste ponto. Porém, a taxa de curto prazo dos billhetes do tesouro (T-Bills) a 3 meses é de 2.12% e ligeiramente superior à taxa de longo prazo da obrigação do tesouro (T-Bonds) a 10 anos de 2.11%, e a Fed de Nova York prefere observar a diferença entre o período de 10 anos e de 3 meses porque mostra “precisão e robustez ao longo do tempo”.
Modelos matemáticos da Reserva Federal de Nova Iorque, baseados nas diferenças entres as “yields” das várias maturidades das “Treasurys”, estimam o fim do clico expansionista mais longo de sempre da economia norte-americana. Quando os ciclos económicos se estendem por longos períodos, por exemplo de 1991 a 2001, e de acordo com a premissa “da memória curta”, existe uma maior propensão para se referir que os ciclos já não existem e agora só existe expansão. Em 1999, antes da bolha das “dotcoms” rebentar, o fim da existência de ciclos era quase uma certeza.
No gráfico, podemos verificar que o modelo é bastante assertivo na previsão. Já em 2006 a probabilidade de recessão foi aumentando e viria a acontecer dois anos mais tarde. Também em 1999 o modelo previa recessão que tornar-se-ia realidade em 2001.
Segundo a FED de Nova Iorque, a Curva de Rendimentos mostra 33% de hipótese de recessão no próximo ano. As taxas de juro de longo “grosso modo” espelham as taxas de juro de curto prazo acrescidas das expetativas para a inflação. De acordo com a teoria económica, uma Curva horizontal ou com declive negativo é sinónimo de recessão económica, porque indica expetativas de baixa inflação no futuro. A inflação, em economias desenvolvidas, é resultado do crescimento económico, é uma consequência e não uma causa. Por isso, taxas de juro de longo prazo mais elevadas nos prazos mais longos, mais altas ao longo da curva e, nomeadamente, no final da curva, indiciam taxas de inflação crescentes à medida que as maturidades são maiores. Uma Curva de Rendimentos (Yield Curve) positiva é pronúncio de expansão económica. Atualmente, a Curva de Rendimentos nos EUA é negativa até aos 3 anos e positiva a partir deste ponto. Porém, a taxa de curto prazo dos billhetes do tesouro (T-Bills) a 3 meses é de 2.12% e ligeiramente superior à taxa de longo prazo da obrigação do tesouro (T-Bonds) a 10 anos de 2.11%, e a Fed de Nova York prefere observar a diferença entre o período de 10 anos e de 3 meses porque mostra “precisão e robustez ao longo do tempo”.
Aquando das eleições a evidência empírica mostra que existe
uma maior probabilidade de recessão, principalmente depois de um longo ciclo de
expansão. Em 2016, Donald Trump ganhou as eleições e a sua administração
conseguiu tornear a recessão com uma política orçamental expansionista. Em novembro
de 2020 haverá eleições, depois de um ciclo de expansão económica que dura há
mais de 10 anos. O modelo da FED de Nova Iorque estará certo? A FED luta para
isso não acontecer, e a descida em pelo menos 0.25 pontos percentuais das “Fed
Funds Rate” no dia 31 julho é já um dado adquirido pelo mercado.
Paulo Monteiro Rosa, semanário "Vida Económica", 19 de julho 2019
Paulo Monteiro Rosa, semanário "Vida Económica", 19 de julho 2019
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