Se observarmos uma subida
bastante significativa de um título num determinado dia, mas com um volume
bastante baixo, isso poderá sinalizar que a subida não se estenderá por muito
mais tempo, a subida não está suportada pelo volume, logo é provável que nos dias
seguintes de negociação haja correçÕes e descidas do título. O volume é um
excelente barómetro para aferir sobre a tendência do mercado. O volume dá
sustentabilidade às subidas. Já as descidas podem ser uma realidade caso o
volume seja fraco, i.e., não sustente o aumento das avaliações.
A evidência empírica leva-nos a concluir que existe uma correlação negativa, nomeadamente no longo prazo, mas também válida para a negociação diária ("daytrading"), entre o volume e a cotação de determinado ativo financeiro.
Quando o volume diário começa a diminuir, numa clara divergência com o aumento dos preços, a cada sessão de bolsa que passa, é provável que estejamos próximos do máximo da cotação. Nesse período, o volume é demasiado baixo para sustentar a cotação. Quando o volume vai aumentando, à medida que o título vai caindo de preço, é expectável que o mínimo do título esteja a ser atingido. O volume sustenta a cotação.
O volume médio diário negociado no índice S&P 500 nos últimos 90 dias caiu para o mínimo dos últimos 10 anos, diminuindo para 7% da capitalização de mercado total nos três meses em causa, ficando muito aquém do volume médio de 21 % verificado entre 2010 e 2013.
Alguns analistas temem que a redução no volume possa significar problemas para os investidores durante a próxima correção do mercado, e que uma repetição da queda do 4o trimestre do ano passado, de quase 20%, pode acontecer num futuro próximo...
Os números que refletem a queda na liquidez das ações do S&P 500 estão bem espelhados na diminuição do número médio de ações por operação, que caiu de 248 em 2015 para 133 atualmente. O declínio de quase 20% no índice S&P 500 no ano passado foi exacerbado pela falta de compradores, mesmo quando os preços das ações caíram para avaliações atrarivas.
Em suma, se olharmos para o volume, um número simples de identificar, teremos um indicador com uma fiabilidade aceitável para tomarmos posições de compra ou de venda sobre determinado título e um certo conforto para o retorno do nosso investimento. E o índice norte-americano S&P500 está em máximos históricos com os volumes nos mínimos dos últimos dez anos... apesar dos atrativos "dividend yields" e da colossal liquidez fornecida pelos Bancos Centrais das maiores economias.
Paulo Rosa, Vida Económica, 8 de Novembro 2019
A evidência empírica leva-nos a concluir que existe uma correlação negativa, nomeadamente no longo prazo, mas também válida para a negociação diária ("daytrading"), entre o volume e a cotação de determinado ativo financeiro.
Quando o volume diário começa a diminuir, numa clara divergência com o aumento dos preços, a cada sessão de bolsa que passa, é provável que estejamos próximos do máximo da cotação. Nesse período, o volume é demasiado baixo para sustentar a cotação. Quando o volume vai aumentando, à medida que o título vai caindo de preço, é expectável que o mínimo do título esteja a ser atingido. O volume sustenta a cotação.
O volume médio diário negociado no índice S&P 500 nos últimos 90 dias caiu para o mínimo dos últimos 10 anos, diminuindo para 7% da capitalização de mercado total nos três meses em causa, ficando muito aquém do volume médio de 21 % verificado entre 2010 e 2013.
Alguns analistas temem que a redução no volume possa significar problemas para os investidores durante a próxima correção do mercado, e que uma repetição da queda do 4o trimestre do ano passado, de quase 20%, pode acontecer num futuro próximo...
Os números que refletem a queda na liquidez das ações do S&P 500 estão bem espelhados na diminuição do número médio de ações por operação, que caiu de 248 em 2015 para 133 atualmente. O declínio de quase 20% no índice S&P 500 no ano passado foi exacerbado pela falta de compradores, mesmo quando os preços das ações caíram para avaliações atrarivas.
Em suma, se olharmos para o volume, um número simples de identificar, teremos um indicador com uma fiabilidade aceitável para tomarmos posições de compra ou de venda sobre determinado título e um certo conforto para o retorno do nosso investimento. E o índice norte-americano S&P500 está em máximos históricos com os volumes nos mínimos dos últimos dez anos... apesar dos atrativos "dividend yields" e da colossal liquidez fornecida pelos Bancos Centrais das maiores economias.
Paulo Rosa, Vida Económica, 8 de Novembro 2019
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