O discurso do presidente da Reserva Federal, subida dos juros de referência em Inglaterra e menor crescimento na UE marcam a semana.
A economia norte-americana continua robusta. Os postos de trabalho criados no setor privado no mês de julho, divulgados pela gestora de recursos humanos ADP, foram de 219 mil, bastante acima dos esperados 189 mil postos de trabalho. Estes números são um bom prenúncio para antecipar o relatório do emprego de julho, o dado macroeconómico mais importante da economia dos EUA, que será divulgado esta sexta-feira.
O ISM, dos principais indicadores de confiança empresarial nos EUA, ficou aquém
do esperado.
No entanto, continua a mostrar uma economia sólida, mantendo- -se muito próximo de 60 pontos.
Jerome Powell, após a reunião da Reserva Federal (Fed) norte- -americana, realizada no dia 31 de julho e 1 de agosto, salientou essa mesma robustez da economia dos EUA, sendo agora quase uma realidade a subida da federal funds rate de 0,25 pontos percentuais em setembro, para 2,25%.
De acordo com os futuros cotados na Bolsa de derivados de Chicago, atualmente há uma probabilidade de 92% para um incremento de 25 pontos base da taxa de juro na próxima reunião da Fed no dia 26 de setembro. Antes do discurso de Powell já era de 89%.
Sem surpresa, o Banco de Inglaterra subiu ontem a taxa de referência de 0,50% para 0,75%, valor mais elevado desde 2009, apesar das incertezas do Brexít e do abrandamento económico, pressionado pela alta da taxa de inflação (2,4% acima do objetivo de 2%). De salientar a votação por unanimidade (9 votos a favor).
Na zona euro, na terça-feira, os dados da inflação e do PIB mostram uma economia europeia a fraquejar e com inflação crescente. Estaremos a caminhar para uma estagflação? Não. A japonização da economia europeia é uma realidade, e a inflação é mais fruto da subida do petróleo. O Banco Central Europeu (BCE), e nomeadamente Mário Draghi, terá uma tarefa hercúlea pela frente para decidir se deve olhar mais aos números da inflação e acelerar ainda mais a redução de estímulos e aumento de taxas de juro no próximo verão de 2019 e assim penalizar ainda mais o crescimento. É sabido que o BCE tem como prioridade a estabilidade de preços, mas também não é entidade para descurar, e por em causa, o crescimento económico...
As obrigações do tesouro de todos os países da Zona Euro têm descido nos últimos dias, a refletirem a subida da inflação. As yields têm subido em todos os prazos e as menos penalizadas, como a dívida pública alemã e francesa, são as que registam maior agravamento.
A rentabilidade das obrigações do tesouro americano ultrapassou, na quarta-feira, a fasquia dos 3%, algo que já não acontecia desde meados de maio, acompanhando o sentimento na Europa, e o discurso hawkish de Jerome Powell.
AÇOES PSI 20
A Jerónimo Martins segue, esta semana, a recuperar das quedas da semana anterior, quando apresentou resultados, que apesar de terem sido melhor do que o esperado, o título acabou por ser penalizado porque as receitas ficaram aquém do estimado. Os CTT lideraram as perdas do PSI20 depois dos resultados referentes ao primeiro semestre, apresentadas na quarta-feira, terem descido 65%. Fraca liquidez e quase ausência de volatilidade caracteriza o mercado. A nível internacional, o Nasdaq, tem sido penalizado pelos fracos resultados do Facebook, mas a Apple recuperou bastante, após divulgação de bons resultados.
CAMBIAL EMERGENTES
A moeda venezuelana continua na saga colossal de desvalorização, e não pára de registar mínimos históricos. No início do ano um euro comprava cerca de 12 bolívares. Volvidos sete meses, um euro consegue comprar 200 mil bolívares. Enquanto isso, o governo venezuelano continua a delapidar a riqueza do segundo país com as maiores reservas petrolíferas não convencionais do mundo a seguir ao Canadá, e consequentemente a inflação galopante não pára de crescer, devido à escassez de bens e serviços. A lira turca registou ontem novos mínimos históricos devido às sanções norte-americanas, e cotou nas 5,05 liras turcas por cada dólar.
COMMODITIES OURO
A cotação encontra-se em mínimos de um ano e desce mais de 10%, desde meados de abril dos 1.365 para 1.220 dólares por onça. Apesar da possibilidade de a China aumentar o stock, da inflação nos EUA estar próxima dos 3% e das incertezas geopolíticas comerciais, o sentimento continua negativo, refletido nas posições curtas no metal, que não param de aumentar e estão praticamente em níveis históricos. Seria expectável que o ouro servisse de refúgio. Porém, a valorização do dólar desde abril, espelhando o discurso de Powell de contração monetária e subida de taxas de juro, será uns dos principais factores que penalizam o ouro.
No entanto, continua a mostrar uma economia sólida, mantendo- -se muito próximo de 60 pontos.
Jerome Powell, após a reunião da Reserva Federal (Fed) norte- -americana, realizada no dia 31 de julho e 1 de agosto, salientou essa mesma robustez da economia dos EUA, sendo agora quase uma realidade a subida da federal funds rate de 0,25 pontos percentuais em setembro, para 2,25%.
De acordo com os futuros cotados na Bolsa de derivados de Chicago, atualmente há uma probabilidade de 92% para um incremento de 25 pontos base da taxa de juro na próxima reunião da Fed no dia 26 de setembro. Antes do discurso de Powell já era de 89%.
Sem surpresa, o Banco de Inglaterra subiu ontem a taxa de referência de 0,50% para 0,75%, valor mais elevado desde 2009, apesar das incertezas do Brexít e do abrandamento económico, pressionado pela alta da taxa de inflação (2,4% acima do objetivo de 2%). De salientar a votação por unanimidade (9 votos a favor).
Na zona euro, na terça-feira, os dados da inflação e do PIB mostram uma economia europeia a fraquejar e com inflação crescente. Estaremos a caminhar para uma estagflação? Não. A japonização da economia europeia é uma realidade, e a inflação é mais fruto da subida do petróleo. O Banco Central Europeu (BCE), e nomeadamente Mário Draghi, terá uma tarefa hercúlea pela frente para decidir se deve olhar mais aos números da inflação e acelerar ainda mais a redução de estímulos e aumento de taxas de juro no próximo verão de 2019 e assim penalizar ainda mais o crescimento. É sabido que o BCE tem como prioridade a estabilidade de preços, mas também não é entidade para descurar, e por em causa, o crescimento económico...
As obrigações do tesouro de todos os países da Zona Euro têm descido nos últimos dias, a refletirem a subida da inflação. As yields têm subido em todos os prazos e as menos penalizadas, como a dívida pública alemã e francesa, são as que registam maior agravamento.
A rentabilidade das obrigações do tesouro americano ultrapassou, na quarta-feira, a fasquia dos 3%, algo que já não acontecia desde meados de maio, acompanhando o sentimento na Europa, e o discurso hawkish de Jerome Powell.
AÇOES PSI 20
A Jerónimo Martins segue, esta semana, a recuperar das quedas da semana anterior, quando apresentou resultados, que apesar de terem sido melhor do que o esperado, o título acabou por ser penalizado porque as receitas ficaram aquém do estimado. Os CTT lideraram as perdas do PSI20 depois dos resultados referentes ao primeiro semestre, apresentadas na quarta-feira, terem descido 65%. Fraca liquidez e quase ausência de volatilidade caracteriza o mercado. A nível internacional, o Nasdaq, tem sido penalizado pelos fracos resultados do Facebook, mas a Apple recuperou bastante, após divulgação de bons resultados.
CAMBIAL EMERGENTES
A moeda venezuelana continua na saga colossal de desvalorização, e não pára de registar mínimos históricos. No início do ano um euro comprava cerca de 12 bolívares. Volvidos sete meses, um euro consegue comprar 200 mil bolívares. Enquanto isso, o governo venezuelano continua a delapidar a riqueza do segundo país com as maiores reservas petrolíferas não convencionais do mundo a seguir ao Canadá, e consequentemente a inflação galopante não pára de crescer, devido à escassez de bens e serviços. A lira turca registou ontem novos mínimos históricos devido às sanções norte-americanas, e cotou nas 5,05 liras turcas por cada dólar.
COMMODITIES OURO
A cotação encontra-se em mínimos de um ano e desce mais de 10%, desde meados de abril dos 1.365 para 1.220 dólares por onça. Apesar da possibilidade de a China aumentar o stock, da inflação nos EUA estar próxima dos 3% e das incertezas geopolíticas comerciais, o sentimento continua negativo, refletido nas posições curtas no metal, que não param de aumentar e estão praticamente em níveis históricos. Seria expectável que o ouro servisse de refúgio. Porém, a valorização do dólar desde abril, espelhando o discurso de Powell de contração monetária e subida de taxas de juro, será uns dos principais factores que penalizam o ouro.
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