A crescente necessidade de armazenamento de dados informáticos requer mais
meios de ‘hardware’ para guardarmos aquilo que nos é essencial. A computação em
nuvem ou ‘cloud’ possibilita armazenar dados informáticos remotamente, em vez
de os mantermos no disco rígido do nosso computador ou dispositivo de
armazenamento local, permitindo o seu acesso em qualquer parte do mundo desde
que haja eletricidade e internet. Os serviços de computação em nuvem fornecem
uma série de funções, tais como o acesso ao ‘e-mail’, armazenamento, ‘backup’ e
recuperação de dados, aplicações, jogos, músicas e vídeos. Graças aos serviços
de computação em nuvem, podemos ter acesso ao nosso ‘e-mail’ em qualquer
computador a nível global. Podemos armazenar arquivos no Google Drive, por
exemplo, garantindo que esses dados estão sempre disponíveis em caso de falha do
disco rígido do nosso computador. Ajuda a economizar custos de capital
substanciais, pois não é preciso nenhum investimento físico em ‘hardware’, nem
de técnicos de tecnologias de informação (TI) habilitados na manutenção do ‘hardware’,
porque a compra e gestão de equipamentos é feita pelo fornecedor de serviços em
nuvem.
O 5G possibilitará o acesso a uma maior quantidade de dados, com uma latência
quase impercetível, que permitirá um rápido acesso aos dados armazenados em nuvem.
A conexão de vários objetos físicos, ou seja, a Internet das coisas (IoT) e a inteligência
artificial (AI) serão exponenciadas pelo 5G e pela ‘cloud’, e o mundo estará
cada vez mais nas nossas mãos, ou seja, no nosso telemóvel.
O armazenamento de dados é um mercado em franca expansão e as nossas crescentes
necessidades terão um custo num futuro próximo. Muitas empresas há muito que
pagam pela utilização dos serviço em nuvem. Os maiores fornecedores são nomes
conhecidos como Azure e AWS, da Microsoft e da Amazon, respetivamente. Por
exemplo, a maior parte dos portugueses têm uma conta gratuita na Google, que
lhes permite o acesso ao seu correio eletrónico Gmail, ao armazenamento no
Google Drive e utilização do Google Fotos, e no total estão disponíveis até 15 Gigabites
gratuitamente. Mais armazenamento terá que ser pago.
Muito provavelmente, a nuvem terá um custo num futuro próximo para a população
em geral por uma necessidade que gradualmente se torna básica, como a conta
mensal da eletricidade, da água e das telecomunicações.
Ora, uma necessidade básica que contém dados muitas vezes confidenciais requer
que a computação em nuvem tenha uma excelente e segura conexão à internet.
Governos centrais e setor bancário procuram as melhores soluções em nuvem e as
principais empresas de ‘cloud’ tentam oferecer gradualmente melhores respostas
a empresas, setor financeiro e administrações públicas em que a
confidencialidade é fundamental.
Os serviços em nuvem baseados em ‘blockchain’ podem ser a solução para muitos
problemas associados à nossa privacidade e à segurança dos nossos arquivos? Os
vários recursos da ‘blockchain’ como descentralização, transparência e
segurança tornam esta tecnologia importante. Os entusiastas da ‘blockchain’
afirmam que esta tecnologia pode assegurar maior privacidade e segurança à ‘Cloud
of Things’ (interligação entre a IoT e a computação em nuvem, a ‘nuvem das
coisas’) e afastar, em parte, aqueles terceiros que fornecem os serviços de
nuvem e centralizam os dados. A ‘blockchain’ procura a descentralização do
armazenamento dos dados em ‘nuvem’. A integração da ‘blockchain’ e das ‘Cloud
of Things’, a denominada BCoT, poderá estar menos vulnerável aos ataques
cibernéticos.
A criptografia quântica ganha também preponderância como resposta à segurança
do armazenamento de dados em nuvem, perante as crescentes ameaças e riscos de
segurança cibernética, como violação de dados, devido à proliferação da
Internet, dispositivos conectados e serviços online. A criptografia quântica é
uma tecnologia que usa a física quântica para proteger a distribuição de chaves
de criptografia simétricas e funciona através do envio de fotões, que são
“partículas quânticas” de luz, através de um ‘link’ ótico.
PMR 4 fevereiro 2022 In VE
A transversalidade e Universalidade da ciência económica. O objecto de estudo da economia é a maximização do bem-estar do ser humano, mas não deixa de ser em sentido estrito. A ciência económica é mais abrangente. A todos os seres vivos e não vivos. Ver página "descrição do blog".
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Criptografia quântica, ‘blockchain’ e ‘cloud’
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- Paulo Monteiro Rosa
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- Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
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